Arte

"A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível."
Leonardo da Vinci

domingo, 6 de novembro de 2011

A pintura como meio não verbal de expressão no ambiente escolar.

A pintura como meio não verbal de expressão no ambiente escolar.

O referido projeto visa se utilizar das disciplinas de língua portuguesa e artes para alcançar os alunos da escola estadual de ensino medio Dom Julio Mattioli no que diz respeito ao exercício de suas capacidades expressivas e criativas.
O projeto tem como escopo servir- se da pintura como forma de instigar nesses alunos a livre expressão de seus sentimentos, emoções, percepções e etc. Acreditamos que a pintura se inclui tanto nas esferas da arte como também da língua portuguesa por poder ser caracterizada como linguagem não verbal de comunicação além de um meio de expressão artística.
Como sabemos, o ser humano sempre sentiu a necessidade de se comunicar e de se expressar, uma das primeiras maneiras que ele encontrou para fazer isso foi através da pintura, tomamos como exemplo as pinturas feitas em cavernas desde o tempo de nossos antepassados.
Depois de um longo processo, o homem conseguiu amadurecer as suas maneiras de se expressar até chegar à linguagem, no entanto, ainda hoje o homem se utiliza das maneiras antigas de comunicação através da linguagem não verbal, a exemplo disso temos a pintura.
Por essa razão, a motivação acerca desse projeto se baseia na interdisciplinaridade de ensino aprendizagem em artes e português através da pintura, onde o exercício da expressão através da mesma se insere tanto no âmbito das artes como da disciplina de português, logo, percebemos que o anseio escondido atrás desse projeto é cultivar nos alunos a prática da expressão comunicativa se utilizando de todos os tipos de linguagem, verbal e não verbal.
Considero que no mundo em que vivemos a comunicação é essencial, daí a mola propulsora em relação a esse tema.
A proposta inicial é unir as disciplinas de português e artes para juntas elaborarmos uma oficina de pintura que venha propor aos alunos a utilização da arte como meio de comunicação e expressão não verbal. A oficina seria concluída com uma exposição das obras dos alunos para toda a comunidade escolar.

quarta-feira, 27 de julho de 2011

Arte Poesia - Fabio de Melo

"Destrua o poder de uma calúnia, vedando a boca que tem ânsia de dizer o que a cabeça ainda não sabe, e alguém deixará de sofrer por causa de seu silêncio. Nestas estradas de tantos rostos desconhecidos é sempre bom que deixemos um espaço reservado para a calma. Preconceitos são filhos de nossos olhares apressados. O melhor é ir devagar. Que cada um cuide do que vê. Que cada um cuide do que diz. A razão é simples: o Reino de Deus pode começar ou terminar, na palavra que que escolhemos dizer. É simples..."

Pe Fabio de Melo

quinta-feira, 21 de julho de 2011


Poéticas do intimo, memorial descritivo

Todo o processo de criação de uma obra de arte consiste em uma grande disposição de interesses, não é possível compor a obra a partir de preceitos externos, para se obter um bom resultado é necessário que o desejo de realizar seja de dentro para fora, a inspiração deve surgir e transbordar do artista para o expectador que admira a sua obra.
É importante que todos saibam que ali naquela obra está descrita as sensações do artista, é algo que por mais que aparentemente pareça estranho ou fora do habitual é a simples expressão daquele que encontrou essa maneira de por para fora aquilo que tem dentro de si.
O bom artista não se limita na sua obra, ele vai além de si mesmo, alcança as fronteiras da pura manifestação do seu “eu”.
A arte é indiferente a qualquer tipo de conceito, ela é independente, não precisa disso, não se fecha, é arte apenas por ser arte, ser por ser
Toda obra de arte deve falar por si só, sem a necessidade de legenda para explicar qual o sentido escondido, não seria interessante se fosse assim. O que nos leva a observar com tanta busca algumas obras de arte é especialmente o estranhamento que as mesmas trazem para nós, é o confronto com o nosso íntimo, com os nossos saberes, e principalmente com os nossos preconceitos, com aquilo que achamos que sabemos.
É quando rompemos com morais e conceitos próprios que ampliamos nossa capacidade de sermos mais humanos, e melhores humanos, de fazermos parte da sociedade de maneira diferenciada. Essa é uma entre tantas propostas que a arte nos trás, a evolução. A aproximação com o interior do outro.
Isso é fantástico!
Partindo desses “ideais” é que tentei compor minha obra de arte, me espelhando em um grande artista brasileiro que de verdade rompeu com qualquer normalidade e regra, e que pagou grande preço por isso, ficando na corda bamba entre a sanidade e a loucura de acreditar naquilo que vinha de dentro de si. Baseada no artista Arthur Bispo do Rosário, tomei essa linha de pensamento de que a arte não tem limites, de que arte não necessariamente é sinônimo de belo, de normal. Esse artista que se utilizava dos mais diversos e inimagináveis materiais para compor suas obras, me encantou principalmente por sua ousadia, por seu desprendimento.
Bispo do Rosário foi além Brasil, ficou conhecido internacionalmente por obras que de primeiro impacto parecem ser descartáveis, que em primeira instância não se aproximam nada do conceito que a maioria das pessoas têm daquilo que é arte, mas que a um olhar mais apurado revela a sensibilidade de um homem que consegue enxergar arte onde poucos a veriam.
Encantada com esse olhar para a vida e para a arte, resolvi pautar minha obra em materiais do cotidiano, coisas simples, que a primeira vista pode ser encarado apenas como utensílios domésticos, como lixo, resto.

quinta-feira, 23 de junho de 2011