Arte

"A arte diz o indizível; exprime o inexprimível, traduz o intraduzível."
Leonardo da Vinci

segunda-feira, 31 de maio de 2010

Arte é Cultura


Universidade de Brasília– UAB/UnB
Instituto de Artes
Departamento de Artes Visuais
Licenciatura em Artes Visuais
História da Arte Educação
Discente: Rauany Mendes de Souza


O papel da arte na educação é de fundamental importância para a formação cultural, intelectual e até mesmo pessoal do ser humano, a arte/educação atua no sentido de colocar o educando em um âmbito de conhecimento bem mais amplo e superior aos conhecimentos tidos como “essenciais”, pois pode atuar na esfera da construção de princípios, conceitos e caráter pessoal.
A educação pela arte serve como ponte entre a sociedade “leiga” e toda a gama de saberes expressivos e culturais que a arte proporciona.
A arte tem o poder de ampliar a visão de mundo daqueles que tem a capacidade de reconhecê-la.
É por esse motivo que surgiu o anseio de implantar as escolinhas de arte no Brasil, e estas foram de grande importância, pois através de sua maneira diferenciada de ensinar através da liberdade de expressão artísticas de seus alunos, foi capaz de revolucionar o conceito de artes que em outrora era tida como disciplina banal. A partir da ascensão das escolinhas de arte essa modalidade de ensino foi valorizada, pois todos puderam constatar as vantagens de desenvolver nas crianças o potencial criativo de cada uma delas. As escolinhas de artes tinham essa missão de fazer vir à tona os talentos escondidos e descobrir qual a vocação artística de cada uma de forma singular, respeitando as suas limitações.
Além disso, foi após o crescimento dessas escolinhas que surgiu o interesse de incluir a arte/educação no currículo escolar, na verdade, esse já era o sonho frustrado de muitos arte/educadores que tinham esse anseio, no entanto, essa idéia só foi amadurecida e posta em prática após a elevação das escolinhas de arte que influenciaram grandiosamente neste processo.
Foram encontrados muitos obstáculos para a concretização desse projeto, pois como até hoje percebemos, ainda existem algumas pessoas desinformadas que vêem o ensino de artes como algo banal e de “segunda instância”, valorizando mais disciplinas como português, matemática e etc., essas que são requisitadas em concursos, como é citado no texto de Azevedo – Movimento escolinhas de arte, página 218 “é necessário ao arte/educador se reconhecer como sujeito histórico de uma minoria, no coletivo dos educadores”.
Sabemos que ainda hoje defender o valor da arte não só na educação, mas em todos os campos é um verdadeiro desafio, pois vivemos em uma sociedade capitalista que costuma lançar maior interesse por aquilo que dá maior lucratividade. No entanto, podemos nos contrapor a esse padrão tendo como referência a ousadia dos precursores dessa modalidade aqui no Brasil: Augusto Rodrigues, Lucia Alencastro Valentin e também não podemos deixar de citar a notória participação de Noêmia Varela e a Grande Ana Mãe Barbosa que tanto contribuíram para a valorização da Arte/Educação brasileira, temos a missão de dar continuidade a esse trabalho de propagar a importância da Arte em todos os aspectos da vida social e humana.

domingo, 30 de maio de 2010

A arte de atuar - Abordagem Stanislaviskiana


Universidade de Brasília UAB/UnB
Instituto de Artes
Departamento de Artes Visuais
Licenciatura em Artes Visuais
História do Teatro 2 – HT2
Discente: Rauany Mendes de Souza

Stanislaviski foi um grande revolucionário no que diz respeito à arte de atuar, ele trouxe grandes contribuições para o teatro que antes era muito vago em suas concepções, com suas abordagens contribuiu grandemente para um entendimento maior sobre as possibilidades da atuação. Ele buscava encontrar uma conceituação mais racional e completa da interpretação teatral, apreciava a versatilidade e a boa performance de um ator.
Na visão Stanislaviskiana o ator deve estar completamente inserido nos dois aspectos da atuação, de forma que ele saiba mesclar inspiração e criatividade, para uma boa representação é necessário que o ator tenha experimentado o personagem, saiba do que está tratando, por isso recomenda: “nunca se permita representar exteriormente algo que você não tenha experimentado intimamente”.
Para Stanislaviski o bom ator é aquele que consegue um alinhamento entre a sua sensibilidade e intuição, a um conhecimento concebido sobre o que se propõe a interpretar, de forma que, “ todo invento da imaginação do ator deve ser minuciosamente elaborado e solidamente erguido sobre uma base de fatos”. O papel que o ator vai interpretar deve ser explorado e desbravado de modo que o mesmo tenha completa intimidade com o personagem.
Todo esse entrosamento é refletido através do corpo e de suas expressões. “É o corpo que movimenta a compreensão e corporifica seu saber”. As expressões do ator devem transbordar toda a familiaridade que ele tem com o seu personagem e com os sentimentos que adquiriu em relação ao mesmo. “Os músculos do ator devem estar plena e diretamente subordinados aos seus sentimentos”.
Cada gesto do ator deve estar impregnado de significados e de conteúdos, os gestos de um ator não podem ser descartáveis, o que deve existir é a especificidade de movimentos, o ator não pode de forma alguma transparecer superficialidade em seus atos, e sim, através de um prévio conhecimento em torno de seu papel e até mesmo de todo o contexto em que está inserido guiar-se a uma plena tradução interpretativa.
A partir desse momento o ator começa a ser movido não apenas por uma infinidade de detalhes soltos, mas, por unidades importantes que assinalam a trilha criadora certa. Aí, enfim, temos o auge da interpretação, que é quando o ator torna-se um intérprete criador.
Em virtude do que foi mencionado percebemos que a abordagem Stanislaviskiana trata da grandiosa necessidade de que o ator não seja artificial em seu processo de atuação, Stanislaviski propõe ao ator um conhecimento prévio sobre todo o contexto do personagem que deverá representar, desta forma, acredita que o espetáculo teatral se solidifica em raízes fundamentadas e não apenas em imaginação e turbilhões de sentimentos aflorados a partir de gestos superficiais.
Quando o ator toma essa posição é possível enxergar uma postura mais madura e livre em relação ao seu personagem, daí é de onde parte a liberdade que o ator adquire para atiçar a sua atividade criativa.